Raio, circulador,
Fulô de pedra, casca
Vazio que em si habita
Dorso duro, costas tortas
e Mar
É lar sozinho
É, se tanto,
Dor
Que não há.
Jon Moreira.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Poesia de Cegos
Poesia é pra cegos
Que sentem e ouvem além
dos nossos passos.
Tensionam, sempre com a unha mais dura,
O pior de nossos calos.
Cegos
A luz de um Deus infernal os cegou.
Pra os que veem
Sobra pouco, talvez,
A vida.
Jon Moreira.
sábado, 5 de janeiro de 2013
domingo, 16 de dezembro de 2012
Sim
Estar, emfim, em paz, em par
É sê-la tanto
Confundir tela e fundo
(Cinema e sexo)
Tinta e pano
Tinta e pano
Lamber os lados do dentro
Roçar de frente o que treme
Pulsa
Pulsa
É entrar no fim, no canto
Saber no teso das pernas o sim
Do branco o derramar do fim
Jon Moreira.
Jon Moreira.
sábado, 10 de novembro de 2012
Sal e Som
A onda rebate:
O som
Propagam ondas
Espuma lisa
Boca da maré
O sal na gota
prega na pele
Quartzo, Grão
Dil,
e o amor da gente?
Jon Moreira.
sábado, 15 de setembro de 2012
Pouca Vogal
Isqueiro? Telas!
Elas Cam e Touch
Canções de guerra,
CAN, são do mar
No ar: flash e som.
Mar; luz e fúria.
Silêncio
...
Gente! Dois! Tantos!
Dois; íntimos
Enfim a sós e nós.
Sem temporal ser sentido
(In)venta Vela; nau; vento
Céu azul, nuvens
Quem são eles?
Por pensarem, são
----------------
-Isqueiro?
Na ponta do cigarro
O fogo ilumina
muito, pouco tempo!
Jon Moreira.
Elas Cam e Touch
Canções de guerra,
CAN, são do mar
No ar: flash e som.
Mar; luz e fúria.
Silêncio
...
Gente! Dois! Tantos!
Dois; íntimos
Enfim a sós e nós.
Sem temporal ser sentido
(In)venta Vela; nau; vento
Céu azul, nuvens
Quem são eles?
Por pensarem, são
----------------
-Isqueiro?
Na ponta do cigarro
O fogo ilumina
muito, pouco tempo!
Jon Moreira.
sábado, 8 de setembro de 2012
LABIrintOS
Se gana houvesse
Dançava...
Ébrio, o espelho condena
Mãos derramadas
na mesa de um refrão qualquer
Estribilho: conhaque
---
Fumo, perdi os cigarros
Antes, minto
Anos de um Agosto
Vagosos passos
Versos fartos.
Jon Moreira.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Festa das Neves
Os parques antigos
têm luzes e estalos
charme e ferrugem
Nas ruas:
Casais, maçãs do amor
Bêbados e Putas
Padres passando, um sacro
Alvos, Tiros
Escuros, amassos
No cem reis
Uma balada
do Baleiro
Jon Moreira.
têm luzes e estalos
charme e ferrugem
Nas ruas:
Casais, maçãs do amor
Bêbados e Putas
Padres passando, um sacro
Alvos, Tiros
Escuros, amassos
No cem reis
Uma balada
do Baleiro
Jon Moreira.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Poema Lírico
Num programa de tv qualquer
a chuva cai num lirismo gasto
Lágrimas caem grossas
De vagar, furar a pedra
De rasgar papel
Um tropo roto
faz imagem
junto à lama:
Soterrado
a casa
nas costas
Numa chuva qualquer
casas caem
em tv's LED
Jon Moreira.
domingo, 10 de junho de 2012
Samuel
Existe Algo
Em vez de nada
E em vez do nada
Existe o necessario
De necessidade criada
Existe isto, que é
outro aquilo
E isto é porque
De nada aquilo basta
Arte é o que
Tudo não vale
Nú Fim
é
Nada
Jon Moreira.
Em vez de nada
E em vez do nada
Existe o necessario
De necessidade criada
Existe isto, que é
outro aquilo
E isto é porque
De nada aquilo basta
Arte é o que
Tudo não vale
Nú Fim
é
Nada
Jon Moreira.
terça-feira, 24 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
Janela da rua Charlote
Assiste seu sofrer
a janela
A luz peneirada
de cinza
cobre
A dor
Agora
Já não dói
A lágrima cai sobre
a folha
- Pobre Gregor.
Jon Moreira.
a janela
A luz peneirada
de cinza
cobre
A dor
Agora
Já não dói
A lágrima cai sobre
a folha
- Pobre Gregor.
Jon Moreira.
segunda-feira, 19 de março de 2012
sábado, 10 de março de 2012
X
Desnudo humano
sujo, rubro
mácula
Desumano nudo
enfermo nas
minhas dores
Conte, amigo
os traidos
amados
traidores
Traia tão
suja tão
peca tão
sapiens são
Jon Moreira.
sujo, rubro
mácula
Desumano nudo
enfermo nas
minhas dores
Conte, amigo
os traidos
amados
traidores
Traia tão
suja tão
peca tão
sapiens são
Jon Moreira.
sábado, 3 de março de 2012
Anginco
Por ultimo abatido em cangaço,
Apagou com chama decapitada,
Alma tisga
Já em fim de querosene.
Jon Moreira.
Apagou com chama decapitada,
Alma tisga
Já em fim de querosene.
Jon Moreira.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Poemas sãos
Não são pássaros
Não são flores
Não são fezes
Não são fluidos
E nem vapores
Poemas
Não
São
Jon Moreira.
Não são flores
Não são fezes
Não são fluidos
E nem vapores
Poemas
Não
São
Jon Moreira.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Oração
Fecha os corpos, Iansã, livra os apaixonados...
Mãe, cobre meu amor de nuvem
E a quem quer mal curva na tua mão de chama.
Bárbara Santa, por mim rogai
bota em teu colo a flor.
Livra-a da chaga.
Oyá, amor de Xangô, trata como teu
Eruexim meu o peito
E com espada protege nosso dorso
De tudo, de todos.
Oyá, amor de de Xangô, protege quem ama
na água do Niger
E banha a nuca da menina.
Arrebenta cada quebranto.
Oyá, amor de Xangô, quem bem me quer
de um querer tão bom, dá tua mão,
dá tua guiá,
Teu condão derrama.
Iansã,feche os corpos,
Mãe, livre os apaixonados.
Jon Moreira.
Mãe, cobre meu amor de nuvem
E a quem quer mal curva na tua mão de chama.
Bárbara Santa, por mim rogai
bota em teu colo a flor.
Livra-a da chaga.
Oyá, amor de Xangô, trata como teu
Eruexim meu o peito
E com espada protege nosso dorso
De tudo, de todos.
Oyá, amor de de Xangô, protege quem ama
na água do Niger
E banha a nuca da menina.
Arrebenta cada quebranto.
Oyá, amor de Xangô, quem bem me quer
de um querer tão bom, dá tua mão,
dá tua guiá,
Teu condão derrama.
Iansã,feche os corpos,
Mãe, livre os apaixonados.
Jon Moreira.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Os Anjos
O que são poetas mortos?
Esterco letrado de árvores?
Serão pensamento verde?
Lavouras poéticas?
Carvalhos frondosos
soletrando poesias
palmo à palmo no chão preto?
O que não são os poetas mortos?
Carbono? comida pra bicho?
O breu em que vivem?
Pó, pedra? Dejetos de arte?
a própria terra infecunda?
O inevitável fim pra tudo que se cria?
Como é que morrem os poetas mortos?
Jon Moreira.
Esterco letrado de árvores?
Serão pensamento verde?
Lavouras poéticas?
Carvalhos frondosos
soletrando poesias
palmo à palmo no chão preto?
O que não são os poetas mortos?
Carbono? comida pra bicho?
O breu em que vivem?
Pó, pedra? Dejetos de arte?
a própria terra infecunda?
O inevitável fim pra tudo que se cria?
Como é que morrem os poetas mortos?
Jon Moreira.
sábado, 7 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
Redes
Peixe dado a tua rede
redes sobram pra eu te deitar
corpo, no corpo, do corpo
Teus pulsos, e punhos
cordas e o balanço
O som:
"Sou um animal sentimental"
Cheiro, suor
Cartola toca
esse nosso samba
é rock
é bossa
Jon Moreira.
redes sobram pra eu te deitar
corpo, no corpo, do corpo
Teus pulsos, e punhos
cordas e o balanço
O som:
"Sou um animal sentimental"
Cheiro, suor
Cartola toca
esse nosso samba
é rock
é bossa
Jon Moreira.
Assinar:
Postagens (Atom)